Aonde mora o Julgamento?


Nós vivemos em um mundo de extremo julgamento.

Pessoas que julgam se juntam para julgar outros grupos de pessoas.

Pessoas que julgam se juntam para sustentar a ideia de que Deus julga igual.

Pessoas que julgam se esquecem de que o universo é um espelho de si próprias.

Pessoas que julgam sofrem inconscientemente por terem sido julgadas por outras pessoas.

Pessoas que julgam negam que, no fundo, estão julgando a si próprias.


 


Aonde mora o julgamento? 

Mora na alma de quem não ama a si próprio por inteiro.

Aonde nasce o julgamento?
Ele nasce na parte recalcada de nossa alma e se manifesta no desejo de destruição daquele
que nos lembra dessa parte em nós por semelhança.




Qual  o sentimento que origina o julgamento?

O medo.

Medo de encarar o que habita em nós.

Medo que reprime o nosso desejo também constante de encontrar a nós mesmos.

Tudo o que reprimimos cresce em nós.

Quanto mais reprimimos, mais cresce e se debate.

Quanto mais negamos, mais nos debatemos, nos machucamos e
ficamos agressivos.

Pois negar a si mesmo é uma forma de automutilação também.

A pior delas, na verdade.

Qual a roupa do julgamento?

O ódio.

Pois tudo o que alimenta o nosso medo, mas não nos permite fuga,
gera uma reação de defesa.

O qual, em grande quantidade, gera desejo de destruição.

Mas, por que não fugimos?

Porque tudo isso acontece, não na realidade fisica, mas sim,
na nossa realidade mental.

Ninguém foge da própria mente.

Assim como não foge do que ela anseia, ao contrário,
busca incessantemente isso.





Busca incessantemente isso?

Sim, a alma anseia ser vista como ela é.

Por isso, os olhos de quem reprime parte de si mesmo vivem
buscando pessoas para julgar.

Ele busca no outro o tempo todo, aquilo que não quer aceitar em si mesmo.

Mas a alma se debate, ela implora, ela chama.

Ela se revolta, ela se inflama.

-Me aceite como sou!

E o ego pode ceder e aceitar,
então dominará e silenciará essa sombra que ele criou.

Pois quando olha para ela, a enche de luz.

Ela deixa de ser parte dos bastidores de si próprio.

E sendo vista e aceita, pode ser controlada e trabalhada.

É a criança interna tiranizando enquanto não recebe atenção.

Ou o ego pode tentar sufocá-la

pode deixá-la em miséria rastejando nos confins de sua mente

E vai sofrer silenciosamente

Declarar ódio à quem sempre lembrá-lo disso

mas, na verdade, odiar a si mesmo inconscientemente.

...

Pobre alma, todas as tuas partes precisam de amor.

...




Então o Julgamento é uma auto projeção?

Sempre foi, sempre será.

Existe um pouco de você em mim.

Existe um pouco de mim em você.

 Existe mais ainda de você em quem você ama.

Existe mais ainda de quem você ama em você.

Por isso, mais julgamos e mais somos julgados
por aqueles que mais amamos.

Pois o julgamento e seu ódio combustível,
não são opostos ao amor.

Pois o amor sempre gosta de ter por perto,
mas ele respeita,

o julgamento também quer ter por perto,
só que desrespeita.

Pois desrespeita a si mesmo.

E só podemos oferecer aos outros aquilo
que também oferecemos a nós mesmos.




Por que nos dói tanto sermos julgados?

Porque, admitindo ou não,
ainda concordamos com quem nos julga
de que devemos ser punidos.

De que talvez algo em nós não mereça viver.

Enquanto houver 1% de si mesmo que duvida
e não aceita a si mesmo.

1% de si mesmo que não crê
que 100% de si mesmo mereça amor.

Ainda haverá 100% de dor
quando apontarem o dedo para a nossa ferida.

Quando nós nos reconhecemos e analisamos,
vemos que algumas coisas realmente são defeitos nossos,
mas não somos puníveis por isso.

Apenas aceitamos,
abraçamos
e transformamos no tempo que precisarmos.

E, assim, aceitaremos o outro,
seremos exemplos
e eles se transformarão no tempo que precisarem.



Por que as pessoas dizem que Deus(a) julga?

Porque todas julgam a si próprias
e assim se afastam do divino dentro delas.

Nossa imagem de Deus é totalmente ligada
à nossa auto imagem.

Pois Deus se criou em nós.

Mas nós o vemos como alguém separado e distante.

Se nós concordamos com um julgamento,
nossa crença fará com que queiramos
que Deus concorde também.

O que você achar de Deus é o que achará de si mesmo.

Mas, veja, se tudo veio dessa mesma fonte divina
e continua eternamente sendo parte dela

se essa fonte divina possibilitou que
 agíssemos de maneira diferente

que "errássemos"

que tivéssemos livre arbítrio

Seria inteligente ela condenar a si própria?

Se algo fosse condenável, por que teria permitido que acontecesse?


Por que as pessoas dizem que o diabo existe?

O diabo é o que cada um cultiva dentro de si

Não é um ser separado, fazendo mal à todos.

Se fosse autogerado, seria gerado da matéria divina da qual esse "Deus"
criou tudo.

Logo, o diabo seria divino.

Quem vê diabo em todo canto,
quem culpa obsessor o tempo todo,
quem vê mal ao invés de encanto

é porque não quer ver que,
na verdade,
possui em si mesmo
as coisas que mais abomina.


Por que abomina?

Você pode perceber bem que o ser humano sofre por demais na questão

de querer aceitação do coletivo para se sentir bem.

Nós sabemos que muito dessa necessidade de aceitação veio do período pré histórico, aonde ser

aceito pelo coletivo e seguir as regras deste facilitava a sobrevivência.

No entanto, nós julgamos que precisamos da aceitação depessoas
as quais não aceitam a si próprias

as quais estão presas à crenças, coletivas ou individuais
de condenação por medo.

"Veja, ele é diferente. Ele é perigoso."

E quanto maior o medo ou o ódio
maior a negação perante si  mesmo.

O ser humano tem medo de gostar de ser igual à quem ele condena,
por isso, deseja destruí-lo ou bloqueá-lo
para jamais ter o exemplo
e se sentir tentado a ser daquele jeito.

Mas no fundo ele é igual

No fundo, somos o mesmo ser

divididos em vários rostos

cores e formas

Um ser imenso que busca conhecer a si mesmo

e não suporta a auto negação

Negue e você será aquilo que negou.

Aceite, pois você já é isso

e agora,

você finalmente se amou.

Aceitar é amar.

E amar nos dá controle.

Amar nos dá paz.

Teus lados "feios" tem muito a lhe dizer.

Teus lados "feios" tem muito a lhe ensinar.

E você será belo de verdade quando abraçá-los.




Como posso me consertar?


Abdique da postura do bonzinho, do santo ou do justiceiro,
enquanto apontar o dedo à alguém
ou a si mesmo,
seja em nome da "verdade", da "moral", do "bem, de "Deus", da "justiça",
será sempre um assassino.

Apontar o dedo sempre foi o sinal de indicação de caminho

é sinal de guiança

E se você está perdido, precisando se achar,

começe olhando para quem você aponta como o caminho que deve trilhar

mergulhe em quem você julga

e verá que o caminho é um círculo,

até você voltar a si próprio

maior, melhor, mais auto consciente,

mais maduro e compassional.

TUDO O QUE VOCÊ ADMIRA NO OUTRO PERTENCE À VOCÊ

TUDO O QUE VOCÊ DETESTA NO OUTRO PERTENCE À VOCÊ

E como eu devo parar de me culpar?

Sabendo que nada é condenável,

lembrando que, quem implantou o auto julgamento em você

é tão perdido e infeliz, que talvez,

no fundo,

o via até como uma salvação para ajudar a si mesmo,

por isso lhe cobrou tanto, perseguiu tanto, julgou tanto,

não duvide da tua luz,

Você é a esperança de quem lhe julgou.

ela se projeta em você, pois se sente próximo à você.

Se não soube amá-lo ou respeitá-lo, é porque

não sabia fazer isso consigo mesma,

ela só podia lhe dar o que sabia dar

só podia te alimentar com o que come.

Reveja e perdoe quem te educou essas crenças

Perdoe-se por tê-las absorvido,

você não era capaz de compreender esse pedido de socorro encubado

escondido na agressão contra sua identidade.

Quem não sabe tocar com amor, agride.

Perdoe-se.

Você jamais falhou de verdade.

Você é inteiro digno de amor.

Você é luz.


Gratidão!


Em comunhão com o mentor Anitty Anuel e a médium Maria Fernanda Balazs

22/12/2017 02:17

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